A Câmara dos Deputados instalou, nesta quarta-feira (17), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e quem seriam os financiadores dessas ações.
A relatoria da CPI ficará sob responsabilidade do ex-ministro Ricardo Salles, que atualmente ocupa o cargo de deputado federal pelo PL-SP. O nome dele havia sido anunciado para o cargo no dia 6 de maio, após reunião de líderes.
A presidência será do deputado tenente-coronel Luciano Zucco (Republicanos-RS). O primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente, são os deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e o delegado Fábio Costa (PP-AL).
Segundo levantamento da CNN, a CPI conta com 40 deputados ruralistas, ligados à Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), e apenas 14 governistas. A oposição deve tentar usar a CPI para conectar as recentes invasões do MST a imóveis rurais do país ao Palácio do Planalto.
Para a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), o deputado Ricardo Salles deveria estar impedido de assumir a relatoria da CPI por ser investigado pelos crimes de corrupção, prevaricação e organização criminosa na venda de madeira ilegal proveniente da Amazônia.
“Mais do que isso, o deputado Ricardo Salles tem interesse econômico relacionado a essa pauta”, disse ela, referindo-se aos principais doadores de campanha do ex-ministro, entre eles grandes latifundiários.
A deputada ainda lembrou que, em 2018, quando concorria ao cargo de deputado federal – ao qual não foi eleito – a campanha de Salles fazia apologia à criminalização do MST.
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