Manifesto pede reabertura da sede e retomada da fiscalização na Rebio do Tinguá

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Um abaixo-assinado criado pelo Movimento Pró-REBIO Tinguá no início desta semana protesta contra o descaso do governo com a Reserva Biológica (Rebio) do Tinguá, localizada no pé da região serrana, no estado do Rio de Janeiro. Apesar de pertencer à categoria mais protetiva de unidade de conservação, a manifestação virtual alerta que a área sofre com desmatamento, extração ilegal de palmito, caça e tráfico de animais silvestres, mineração, especulação imobiliária e construções irregulares, turismo predatório e descarte irregular de lixo. “Tudo isso ocorre na razão direta da ausência da fiscalização fixa e permanente do ICMBio na região”, denunciam.

Entre as reinvindicações feitas no Manifesto em Defesa da Rebio, estão a reorganização da estrutura gestora da Reserva – hoje incorporada ao Núcleo de Gestão Integrada de Teresópolis; a reativação das guaritas de controle de acesso e da sede em Tinguá; a implementação integral do Plano de Manejo; a recomposição do quadro funcional da unidade; e a aquisição de equipamentos e veículos para adequada fiscalização do território.

“Decorridos 33 anos de sua criação, o inventário de perdas e o quadro de caos e abandono é o cenário reinante na UC, no que tange à sua proteção e conservação. De lá pra cá, a tônica predominante é a falta de políticas públicas protetivas e preservacionistas para o meio ambiente local, onde o governo federal anterior nunca demonstrou nenhum interesse ou compromisso com a preservação da Reserva do Tinguá, além de estimular sua destruição com seu descaso criminoso, a exemplo do que fez no Pantanal, no Cerrado e na Amazônia”, alerta trecho do Manifesto que, de acordo com o Movimento Pró-Rebio, será entregue em mãos para a atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

A Reserva Biológica do Tinguá é uma unidade de conservação (UC) federal, gerida pelo ICMBio, que protege 24 mil hectares de Mata Atlântica na porção oeste da Baía de Guanabara. Em 2020, a área protegida foi incorporada ao Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Teresópolis, junto a outras quatro UCs: as Áreas de Proteção Ambiental de Petrópolis e Guapimirim, a Estação Ecológica da Guanabara e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, com sede administrativa no município de Teresópolis. Para “minimizar” a distância da reserva para sede do NGI, a Rebio do Tinguá, foi mantida como Base Operacional do NGI. 

“Não há mais agentes e analistas ambientais lotados de forma fixa e permanente na região. Também não há mais a figura de um diretor local da UC, que perdeu seu aparato de fiscalização, como viaturas fixas para o trabalho de vigilância, que agora ocorre de maneira aleatória. O resultado dessa política deliberada de desmonte administrativo ampliou o quadro de abandono, com o aumento da caça clandestina e da extração de palmito, a prática de garimpo ilegal na zona de amortecimento (entorno), a construção de casas particulares no interior da reserva biológica, a invasão da floresta por grupos religiosos que promovem cultos no local e deixam lixo quando vão embora, a implantação de trilhas ecológicas clandestinas dentro da floresta promovidas por pousadas instaladas nos limites da unidade, além do risco de poluição das represas e aquedutos de captação de água, existentes no interior da UC”, denuncia o manifesto.

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