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Já passou da hora de entendermos que não há alternativa senão “por a mão no bolso” e pagar o que devemos à natureza. Sem um cessar generalizado na passividade dos negócios, que ignoram o fato de que não podem ser sustentáveis e que necessitam e usam da natureza para poder existir, seguiremos pressionando o planeta de maneira inconsequente e totalmente inviável.
Reconhecer o valor e o custo da natureza é uma postura tão evidente que, em breve, quem não aderir a essa prática, deve ser considerado desleal com a sociedade. Medir o custo ambiental dos negócios permite apontar quais são os mais danosos ao meio ambiente, descortinando atividades econômicas com a tendência de mudar processos ou desaparecer, em função dos excessivos impactos que causam. E quais são aquelas que precisam ser efetivadas para fazer frente ao novo normal que estamos vivendo?
De qualquer maneira, o pagamento do impacto não mitigável, na forma de ações compatíveis para proteger o patrimônio natural, precisa se tornar uma obrigação ética, uma cobrança de toda a sociedade, a ponto de haver perda drástica de mercado aos que não aderirem à nova postura dos negócios: pagar para a natureza o valor real de suas atividades conforme os danos causados ao meio ambiente.
Em paralelo as buscas por avanços tecnológicos, que certamente seguirão de forma expressiva e continua, o reconhecimento do custo da natureza é uma prioridade a ser assumida de forma generalizada e no curto prazo. Tal cenário, se implantado de forma ampla, permitirá melhor enquadramento dos negócios, eliminando lucros exacerbados à custa de prejuízos que acabam sendo coletivizados.
Mudanças climáticas e perda da biodiversidade seguem com números negativos. Nem de perto estamos obtendo resultados suficientes para reverter o quadro de crise ambiental global. Ou seguiremos uma nova cartilha e de forma acelerada, ou o que já é uma emergência se tornará uma catástrofe continuada e com incrementos constantes.
Nossa inércia irresponsável já custa muito, embora ainda não estejamos acostumados a reconhecer os prejuízos dos desequilíbrios climáticos na contabilidade de corporações e de governos. O Dia da Terra, lembrado em 22 de abril, simboliza muito, mas não pode seguir sendo um momento breve de reflexão superficial e descompromissada. Sem mudanças efetivas e de curto prazo, estaremos cavando cada vez mais fundo um buraco que poderá rapidamente se transformar num obstáculo intransponível.
As opiniões e informações publicadas nas sessões de colunas e análises são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente representam a opinião do site ((o))eco. Buscamos nestes espaços garantir um debate diverso e frutífero sobre conservação ambiental.
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