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O Ecoturismo e Turismo de aventura é um mercado de quase US$ 1 Trilhão, no qual o Brasil ocupa a 6ª colocação como destino mais procurado, sendo o principal motivo para receber 18,6% dos visitantes externos e 25% dos visitantes internos no país. Já o Pão de Açúcar é um dos símbolos do Rio e do Brasil, reconhecido em todo o planeta e visitado por 1,6 milhões de pessoas no ano de 2022. Unindo os dois, a Tirolesa do Pão de Açúcar (eu diria “Tirolesa do Rio”), uma tirolesa voando sobre o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e Urca – a unidade de conservação (UC) municipal mais visitada da Cidade Maravilhosa e uma das mais visitadas do país – será um marco do Turismo de Aventura no Rio e no Brasil.
No mês de março de 2022 foi formalmente apresentado pelo Parque Bondinho Pão de Açúcar a mim, como presidente da ACTA (associação que reúne agencias, operadores, guias e condutores de ecoturismo e turismo de aventura no estado do Rio de Janeiro) e membro do CONSEMONA (Conselho Consultivo do Monumento Natural do Morros do Pão de Açúcar e Urca), o projeto conceitual de uma tirolesa de 755 metros ligando os cumes do morro do Pão de Açúcar e do Morro da Urca, paralelo às linhas dos icônicos Bondinhos. Já neste momento comecei a perceber o impacto positivo deste novo atrativo ao segmento de ecoturismo e turismo de aventura em nossa cidade e estado.
Em julho, o projeto foi apresentado durante a Assembleia Extraordinária do CONSEMONA, onde a sociedade civil organizada (comunidade científica, ONGs, residentes do entorno, usuários da UC, setor privado atuante na região) se faz representar, além de órgãos públicos relacionados a UC. O projeto foi explicado com mais detalhes e foram apresentadas as liberações (no caso “Nada a Opor”) das três instituições pertinentes à liberação da instalação – gestão da UC, IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e IRPH (Instituto Rio Patrimônio da Humanidade). Depois da apresentação, foram colhidas opiniões de todos os membros do conselho. Dúvidas, questionamentos e pontos sensíveis também foram levantados, na maioria respondidos e alguns levados para estudos.
Vale aqui destacar a importância e o trabalho deste conselho, que trabalha duro, que tem posições, que apresenta os melhores interesses de suas instituições, mas, principalmente, os interesses da Unidade de Conservação.
Finalmente, em fevereiro de 2023, o Parque Bondinho Pão de Açúcar convocou os montanhistas para uma apresentação. Esportistas (independentes ou filiados à FEMERJ – Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro), operadores de ecoturismo e de aventura (sim! Somos montanhistas), entre outros, estiveram presentes e debateram ainda mais o assunto. Temas que ficaram em estudo na Assembleia do CONSEMONA foram respondidos e novas dúvidas e questionamentos foram apresentados e respondidos.
Itens importantíssimos para mim estão sendo observados:
Aumentará a diversidade de experiências positivas na UC, servindo de exemplo para outras. A questão da segurança na atividade está muito bem vista e planejada, um robusto SGS – Sistema de Gestão de Segurança – está sendo montado, equipamentos de altíssimo nível estão sendo desenvolvidos. A questão da inclusão e a acessibilidade estão atendidas pelo projeto. PCDs – Pessoas com deficiência – idosos e pessoas com mobilidade reduzida terão acesso a uma atividade de turismo de aventura, que foi pensada para atendê-los, com toda a segurança!
Os impactos ambientais serão mitigados e compensados. Há no projeto um plano de comunicação para apresentar aos visitantes informações de Educação Ambiental e do MoNA (Monumento Natural), não só os que vão pelo Bondinho, mas também os que utilizam a UC pela Pista Claudio Coutinho e Trilha do Morro da Urca (áreas já adotadas pela empresa). Grande parte da obra será em áreas já antropizadas (que sofreram alterações pela ação humana), mas 14 árvores serão removidas, destas 10 exóticas, que foram colocadas pelo homem e não deveriam, originalmente, estar lá. Ainda assim, a empresa irá fazer o plantio de 77 árvores nativas, como medida compensatória. Irá, também, adicionar aos 38 mil m2 já adotados para conservação, outros 10 mil m2.
Pessoalmente e como presidente da ACTA estou convencido da importância deste novo equipamento turístico e dos impactos positivos que ele trará. Serão 52 empregos diretos gerados pela empresa. Uma sugestão nascida entre os associados da ACTA é que se busque esta mão-de-obra nas proximidades, mais especificamente na Comunidade do Chapéu Mangueira, ampliando, desta forma, o impacto social (geração de emprego e renda) na comunidade do entorno. Dos nossos associados, quase 100 micros e pequenos empreendedores terão mais um grande produto para colocar em seu portifólio. São 50, 150 empregos que impactam mais que pessoas, impactam famílias inteiras!
Além da geração de empregos ligados a esta tirolesa, ela irá gerar também interesse do público nas outras atividades de ecoturismo e turismo de aventura que dispomos. Tirolesas já instaladas em nosso município e estado entrarão em foco, podendo novos empreendimentos surgirem desta demanda. Este atrativo também tem potencial de ser indutor de outras de nossas atividades de turismo de aventura, trilhas, como a Trilha Transcarioca ou a Volta da Ilha Grande; rapel, como no Parque Natural Municipal da Catacumba ou no Parque Municipal Montanhas de Teresópolis; escaladas, como no Corcovado ou em Petrópolis; cachoeirismo, como no Parque Estadual do Mendanha ou em Magé; cavalgada, como em Casimiro de Abreu, canionismo, como em Guapimirim ou Mangaratiba… as possibilidades são enormes!
Para nós, do Turismo de Natureza do Rio de Janeiro, será mais uma possibilidade de apresentarmos aos nossos visitantes um novo UAU!
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