[ad_1]
Atualmente, a Alemanha possui um dos mais eficientes sistemas de reciclagem urbana de resíduos do mundo, com índices beirando os 70%. Grande parte deste sucesso se deve especialmente à população que, em suas casas, é responsável pela primeira separação destes materiais no momento do descarte. Além de reciclar a maior parte do lixo que produz, o país germâmico ainda recompensa em dinheiro quem participa do processo.
Quando consumidores alemães compram suas bebidas, eles pagam um valor adicional pelo recipiente que traz o líquido – o chamado pfand, em alemão. Quando os devolvem, recebem o dinheiro do pfand de volta. Traduzida para o português, a palavra significa “depósito” ou “seguro”. Ou seja, o pfand é o valor que o consumidor paga pelo recipiente, que pode ser garrafas plásticas, latas de alumínio ou caixas e engradados.
Trocando em miúdos, funciona assim: você compra, por exemplo, uma lata de cerveja que custa 60 centavos e paga também 25 centavos pelo pfand da lata. Ou seja, um total de 85 centavos. Após beber a cerveja, você pode devolver a lata e receber seus 25 centavos de volta. Nesse caso, você pagou apenas pelo líquido que vem dentro. O recipiente é apenas “emprestado”. Mas, como funciona isso na prática? E quais são os recipientes que fazem parte da regra?
Além de garrafas de vidro e PET, em 2003 foi introduzido o pfand também sobre certos tipos de embalagens descartáveis. Antes disso, cerca de 3 bilhões de recipientes descartáveis de bebidas eram despejados no meio ambiente todos os anos. Atualmente, a taxa de retorno de recipientes de bebidas está acima dos 98%.
O que acontece depois que o pfand é pago
Uma longa jornada tem início quando uma garrafa reutilizável é devolvida. Primeiro, ela será encaminhada junto com outros vasilhames para um local onde será feita uma triagem. Ou seja, a garrafa será colocada junto com outras da mesma forma antes de ser levada para um produtor que utiliza esse tipo particular de embalagem. Nesse local, ela é limpa, novamente enchida e entregue de volta ao local de compra. Quando essa garrafa atinge sua cota de refil, ou seja, quando não pode mais ser reutilizada em sua forma original, ela é triturada em grânulos de PET reutilizáveis.
As garrafas de uso único seguem um caminho diferente. Uma vez coletadas, elas são levadas para uma central onde são trituradas e transformadas em pequenos grânulos plásticos que, por sua vez, são transformados em novas garrafas, tecidos ou outros objetos, como embalagens de detergente.
Um modelo para outros países?
O sistema economiza matérias-primas, energia e emissões de CO2 – principalmente porque reduz a quantidade de combustíveis fósseis utilizados para produzir novas garrafas.
Grupos ambientalistas pressionam para que o sistema seja estendido a todos os tipos de vidro e até embalagens longa-vida. Grandes empresas mundo afora, que se opuseram à introdução de sistemas de depósitos, já estão mudando seus conceitos em relação ao tema e é esperado que esta iniciativa chegue em breve a outros países. É muito provável que essa mudança de comportamento se deva à pressão da sociedade, que vem exigindo soluções. E, você o que acha desta alternativa? Será que ela funcionaria também no Brasil?
[ad_2]
Acesse o link