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O fóssil do dinossauro brasileiro Ubirajara jubatus, atualmente em um museu alemão, pode voltar ao Brasil ainda no primeiro semestre deste ano. A informação é do Ministério das Relações Exteriores, que tenta costurar um acordo com a Alemanha para repatriação do fóssil, que foi levado ilegalmente para fora do país.
De acordo com nota enviada pelo Itamaraty para ((o))eco, “estuda-se a possibilidade de que o fóssil seja repatriado no contexto da próxima visita oficial de alta autoridade da Alemanha ao Brasil, prevista para junho de 2023, que deverá incluir visita ao Museu Nacional/UFRJ, onde deverá ser oficializado programa de cooperação técnica e científica entre a entidade brasileira e o Museu de História Natural de Karlsruhe”, onde o fóssil está armazenado atualmente.
O Ubirajara jubatus é um dinossauro carnívoro, de corpo pequeno e coberto de penas, que viveu a cerca de 115 milhões de anos atrás. O fóssil foi encontrado na região conhecida como Bacia do Araripe, no Ceará, e teria sido levado para a Alemanha em 1995, porém sem cumprir as diretrizes da legislação brasileira, que data de 1990, para importação de bens destinados à pesquisa científica.
O caso do dinossauro brasileiro veio à tona em dezembro de 2020, quando o artigo científico sobre a descoberta do Ubirajara jubatus foi publicado na revista Cretaceous Research – com a polêmica sobre a origem ilegal do fóssil, o artigo foi removido do ar. A repercussão entre os paleontólogos brasileiros foi imediata e culminou no movimento #UbirajaraBelongstoBR, ou seja, “Ubirajara pertence ao Brasil”.
Em julho do ano passado, o Conselho de Ministros de Baden-Württemberg, na Alemanha, decidiu que o fóssil deveria voltar ao Brasil. “O fóssil conhecido como “Ubirajara Jubatus” é, há anos, objeto de gestões do Itamaraty junto ao governo da Alemanha, com vistas à sua repatriação. No decorrer de 2022, o governo alemão concordou com sua devolução ao Brasil, em um quadro de cooperação que envolveu entendimentos entre o Instituto Guimarães Rosa (MRE), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Embaixada da Alemanha em Brasília”, explica a nota do Itamaraty.
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Ainda não há definição sobre para qual instituição o fóssil iria. O próprio Museu Nacional, no Rio de Janeiro, é um possível destino. O museu encontra-se ainda em reconstrução após o incêndio que atingiu o prédio em 2018. Outra opção é o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, que fica em Santana do Cariri, no Ceará, próximo do local de descoberta do fóssil.
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