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A tragédia das fortes chuvas que atingiram o litoral norte paulista – em especial a cidade de São Sebastião – completa um mês neste sábado (18). A tempestade matou 65 pessoas e deixou milhares de desabrigados e desalojados.
Na sexta-feira (17), cerca de 270 famílias ainda retornavam para suas moradias em São Sebastião, segundo informou a prefeitura. A liberação ocorreu após verificação dos imóveis que estavam interditados.
A prefeitura do município, em parceria com os governos estadual e federal, anunciou a construção de 900 imóveis do modelo Minha Casa, Minha Vida para as vítimas da catástrofe. Pelo menos 11 áreas foram indicadas pela administração municipal. A expectativa é de que as primeiras unidades fiquem prontas dentro de 150 dias.
Entre os dias 18 e 19 de fevereiro, São Sebastião registrou mais de 600 milímetros de chuva em 24 horas, volume nunca observado no país em tão curto período.
Alagamentos e deslizamentos de terra deixaram estradas e rodovias destruídas ou bloqueadas. Turistas que foram passar o feriado prolongado de Carnaval na praia ficaram ilhados.
À época, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), transferiu seu gabinete para São Sebastião. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou a região acompanhado de ministros e anunciou medidas para ajudar as famílias afetadas pelo desastre.
No dia 23, o Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico aportou em São Sebastião para dar apoio às vítimas das chuvas.
A embarcação da Marinha colocou à disposição da população um hospital de campanha com 200 leitos, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e médicos de várias especialidades.
Ainda em fevereiro, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, deu início à elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, com o objetivo de estabelecer estratégias para a gestão de riscos e desastres no Brasil.
“Desastres como o de São Sebastião trazem atenção para questões que a gente já vem abordando na academia há algum tempo. O Plano Nacional vai cobrir cinco pontos de atuação da Defesa Civil: prevenção, mitigação, resposta e recuperação”, afirmou o ministro na ocasião.
No início de março, a Prefeitura de São Sebastião realizou a Operação Desmonte no município, visando averiguar as edificações que estavam condenadas pelas chuvas.
Na Vila do Sahy, um dos pontos mais castigados pela tragédia, 70 casas foram interditadas definitivamente. Outras nove tiveram o mesmo destino no bairro Itatinga.
O governo de São Paulo avalia terrenos com possibilidades de serem utilizados para a construção de casas para as vítimas das chuvas.
Em entrevista à CNN Rádio na sexta-feira (17), o diretor de comunicação de Defesa Civil de São Paulo, tenente Roberto Farina, afirmou que o órgão trabalha para “continuar as políticas públicas que foram norteadas e definias no gabinete de crise”.
De acordo com Farina, algumas medidas incluem a aquisição de sirenes e a elaboração de planos preventivos para as chuvas de verão, a fim de se “antever a essas catástrofes”.
(Publicado por Lucas Schroeder)
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