[ad_1]
0Shares
Visualizações 0
A organização e a união das abelhas inspiraram Manoel Pessoa de Brito, 66 anos, de Barreiros (PE), a criar um apiário coletivo com as mulheres da sua comunidade. No depoimento abaixo, ele conta detalhes sobre a experiência:
“Há mais de trinta anos, crio abelhas e me admiro com a divisão de tarefas, organização e senso de união desses animais. Quando fui realocado com minha família para o assentamento onde vivemos hoje, em Barreiros, no litoral sul de Pernambuco, as condições de vida eram difíceis.
Após séculos de monocultura de cana-de-açúcar, o solo não era dos melhores para o plantio. Pensando em formas de ajudar a comunidade a levantar recursos, montei o primeiro apiário do assentamento.
Reuni um grupo de vizinhos interessados em aprender apicultura, fui até a Universidade Federal Rural de Pernambuco e pedi à professora Renata Valéria, do departamento de zootecnia, que nos desse um curso para melhorar a produtividade dos nossos apiários.
“Se fôssemos como as abelhas, viveríamos muito melhor”
Depois da formação, muitas mulheres do assentamento pegaram gosto pela apicultura e foram substituindo o trabalho na roça, que é bastante árduo, por viver do mel, mais prazeroso e rentável.
Hoje, nos dividimos nas tarefas: enquanto elas produzem e coletam o mel, eu construo os equipamentos, manejo o trator, transporto as caixas de abelhas e faço o envase do mel. Só neste ano, surgiram mais seis pessoas interessadas em se tornar novos apicultores, o que me traz muita alegria!
Tento sempre olhar para minha comunidade e entender como posso contribuir. Faço isso porque quero que todos vivam bem. Em troca, recebo a alegria de compartilhar o que sei e a amizade dos que estão ao meu redor. Se fôssemos organizados como as abelhas, viveríamos muito melhor e, como já dizia Roberto Carlos na canção O Progresso, aprenderíamos a ser civilizados como os animais.”
Texto: Gabriela Portilho
Foto: GN Filmes
Conteúdo publicado originalmente na TODOS #44, em julho de 2022.
0Shares
[ad_2]
Acesse o link