Paralisação do abastecimento de água no Rio ocorreu por crime ambiental, diz Inea

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O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmam no início da noite desta terça-feira (29) que a paralisação do abastecimento de água do Rio ocorreu por causa do despejo irregular de detergente. O crime ambiental teria ocorrido após uma empresa despejar a substância  em um manancial que desemboca na Estação de Tratamento (ETA) Guandu – a maior do estado –, que atende 9 milhões de habitantes. 

Segundo o governo do Rio, a empresa Burn Indústria e Comércio Ltda, com sede em Queimados, teria despejado de forma irregular a substância no Rio Queimados. Ainda não se sabe se o despejo ocorreu intencionalmente ou se trata de um acidente. O órgão ambiental ainda estuda qual será a multa que a empresa terá, que pode chegar a 50 milhões. 

“Nós vamos implicar todos os agravantes que fizerem sentido para que a gente possa punir de forma exemplar, na medida e na proporção que o caso exige, sem cometer injustiças, mas dando o exemplo. O estado do Rio de Janeiro não pode aceitar esse tipo de crime ambiental de forma pacífica”, disse o Thiago Pamplona, secretário estadual de Meio Ambiente e governador em exercício, em coletiva realizada na sede da Cedae nesta terça-feira. 

Participaram da coletiva, além do secretário de Ambiente e Sustentabilidade, o presidente do Inea, Philipe Campello, o secretário de Estado de Polícia Civil, Fernando Albuquerque, e o diretor-presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon. 

Governador pede interdição da empresa

Nas redes sociais, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), afirmou que entrará na Justiça para pedir a interdição da empresa. “Não podemos deixar impune um crime ambiental de tamanho audácia, que ameaça a saúde das pessoas e traz impacto para a vida delas”, disse.

Segundo o secretário,  a Burn Indústria e Comércio Ltda não tinha licenciamento ambiental para jogar substâncias nos rios. Segundo o Inea, a empresa já estava embargada pelo fato de lançar o efluente na galeria de águas pluviais, considerado como crime ambiental. 

Empresa nega ter despejado detergente

Em entrevista ao G1, a empresa nega ter algo a ver com o ocorrido:

“A Burn esclarece que não há nenhuma relação entre a sua fábrica de Queimados, na Baixada Fluminense, e a presença de material químico na bacia do Rio Guandu. A unidade opera com tecnologia de ponta e de padrão internacional, seguindo os mais rigorosos procedimentos de controle, onde o manuseio da matéria-prima é automatizado e em ambiente de circuito fechado, ou seja, sem qualquer escoamento ou ligação com a rede pluvial. Além disso, tem todas as licenças necessárias e destinação ambientalmente correta de seus resíduos, estando sob monitoramento e controle permanentes dos órgãos ambientais competentes. Cabe ressaltar que a fábrica está a 11 quilômetros de distância do sistema do Guandu seguindo o fluxo do rio, e adota uma série de iniciativas sustentáveis, como sistema de reuso de água da chuva, iluminação por fontes renováveis e selo EU Reciclo. A empresa também contratou laboratório especializado para coleta e análise da água e está colaborando com as investigações, à disposição das autoridades”.

Entenda o caso

Uma espuma branca no manancial responsável por 80% do abastecimento de água da região metropolitana do Rio de Janeiro foi identificada na manhã desta segunda-feira (28) e levou à falta de água no estado por 14h. A espuma se deu pelo despejo de um tipo de detergente, o surfactante, no rio Guandu. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) interrompeu as atividades para garantir a segurança hídrica da população até que a situação fosse normalizada e a substância identificada. A Estação de Tratamento (ETA) Guandu atende 9 milhões de pessoas da capital e Baixada Fluminense. 

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