A Conferência do Clima da ONU deste ano, que começa daqui a poucos dias nos Emirados Árabes, vai contar com número recorde de brasileiros. Segundo informações divulgadas pelo Governo Federal na tarde desta segunda-feira (20), a delegação do Brasil conta, até a data, com cerca de 2.400 inscritos.
O número não é recorde somente para o país, mas também para a história das COPs. A maior delegação já registrada pela ONU foi em 2016, durante a COP 22, no Marrocos, quando a nação anfitriã enviou 1.591 participantes.
Sobre a participação brasileira, um dois maiores números de delegados já registrados aconteceu em 2009, durante a COP 15, realizada em Copenhague, quando o Brasil enviou 743 pessoas.
Em 2022, na COP do Egito, 570 brasileiros atenderam ao evento, a segunda maior delegação da Conferência, ultrapassada somente pelos Emirados Árabes, que enviaram ao balneário de Sharm el-Sheikh 1.073 pessoas, em preparação para a Conferência deste ano.
A título de comparação, no ano passado, o anfitrião Egito enviou somente 155 delegados.
“É um maravilhoso sinal de que nossa delegação seja muito grande, isso demonstra que há uma atenção enorme no Brasil, nas áreas mais diversas, e um desejo muito grande de assistir ao debate mais avançado que há sobre esse tema e que já foi incorporado pelo Brasil de maneira muito impressionante”, disse o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo Corrêa do Lago, muitos dos que estão inscritos pelo Brasil são membros da academia e representantes da sociedade civil e setor empresarial. Cerca de 400 são membros do governo.
“A presença de uma grande delegação é um sinal de quanto o Brasil está comprometido com o debate de mudanças do clima e o quanto todos esses setores da sociedade brasileira querem participar do debate para trazer para o Brasil o que de mais novo”, disse.
Os números inflados, no entanto, podem não significar exatamente uma maior participação brasileira nos debates climáticos internacionais. Organizações brasileiras temem que o evento seja usado para fazer turismo, como aconteceu em anos anteriores.
Entre os representantes brasileiros na COP do Egito, por exemplo, estavam vários nomes de acompanhantes, como esposas e primeiras damas, assim como revelou matéria da Folha de S.Paulo à época.
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