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O Cerrado perdeu, somente no mês de abril, 708,58 km² de vegetação, área maior do que a capital da Bahia, Salvador (693 km²). A cifra representa um recorde para o mês na série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que, para o bioma Cerrado, começa em 2019. Os números, referentes ao período entre 1º e 28 de abril, foram atualizados nesta sexta-feira (5) na plataforma Terra Brasilis, do INPE.
No acumulado do ano, somente nos primeiros quatro meses de 2023, o Cerrado já perdeu 2.132 km², área equivalente à cidade de Belém, no Pará. Este também é o maior acumulado para os meses em questão, só perdendo para 2022, quando foram perdidos 1.886 km² entre janeiro e abril.
A Bahia foi o estado que mais perdeu área de Cerrado, com 757,65 km² suprimidos, seguido pelo Maranhão (339,2 km²), Tocantins (324,4 km²), Piauí (275,8 km²) e Mato Grosso (133,5 km²). Os outros oito estados inseridos no bioma somaram 302 km² de desmatamento.
Amazônia
A Amazônia perdeu, em abril, 287,76 km² de florestas. A cifra representa uma queda de 72% em relação ao mesmo mês de 2022, quando foram computados 1.026 km² de desmatamento.
No acumulado do ano, a Amazônia perdeu 1.132 km², uma diminuição de 42% em relação ao primeiro quadrimestre de 2022 (1.968 km²).
Os estados do Amazonas (78 km²), Pará (77km²) e Mato Grosso (73km²) foram aqueles com as maiores áreas de alerta de desmatamento no mês de abril de 2023.
“Depois de dois meses consecutivos de alta nos alertas de desmatamento, essa área de 288 km² é a menor dos últimos três anos (2020). Apesar disso, não significa que o desmatamento esteja mais brando: as áreas de alertas acumuladas continuam muito altas e será necessário ampliar os esforços e trabalhos dos diferentes órgãos de comando e controle para diminuir a destruição da floresta”, disse Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.
Apesar da queda registrada agora, o Greenpeace chama atenção para o desmatamento no chamado “calendário oficial do desmatamento”, que vai de agosto de 2022 a julho de 2023. Até abril, foram desmatados 5.936 km², o maior da série histórica para o período (agosto a abril).
“Além do comando e controle no chão da floresta, será necessário promover inovações tecnológicas, legais e infralegais, que possam frear a grilagem de terras, garimpos ilegais, invasão de áreas protegidas, bem como endereçar e punir a co-participação de instituições financeiras no desmatamento”, finaliza Cristiane Mazzetti.
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